5 de set. de 2011

A Igreja - Suas Bases Bíblicas

A IGREJA - SUAS BASES BÍBLICAS INTRODUÇÃO
De todas as instituições existentes no mundo, nenhuma provoca mais discussões, estudos, crítica e ataques do que a igreja. Mas, é verdade também, que nenhuma foi alvo de tanto amor, bênçãos e cuidados como a Igreja de Senhor Jesus Cristo.
O QUE É A IGREJA?
Sentido etimológico da palavra “EKKLESIA”: Significa a assembléia dos cidadãos de um estado livre, convocados e congregados a toque de trombetas pelas ruas da cidade (Atos 19.39). O povo judeu compreendia EKKLESIA (KAHAL - povo de Deus, congregado pela própria mão de Deus) como sendo a congregação de Israel reunida em pleno Tabernáculo, no deserto, ao som de uma trombeta de prata (Atos 7.38 e Heb. 2.12). Tem o sentido, portanto, de uma assembléia popular.
A Igreja Primitiva deu ao vocábulo a acepção comum de uma assembléia convocada em lugar público, literalmente “chamados fora” e convocados por Cristo.  
Portanto, podemos definir igreja como sendo a Comunidade dos santos, ou seja, a Comunidade dos que crêem e são santificados em Cristo, e que estão ligados a Ele, sendo Ele a sua Cabeça. Em Colossenses 1:24, Paulo chama a igreja de Corpo de Cristo, e ao lermos o texto de 1 Coríntios 12:12-27 fica bem claro o que Paulo queria dizer com isso. A figura do corpo humano transmite para nós a idéia da unidade dos crentes em Cristo.  
A IGREJA - CORPO DE CRISTO  
Como filhos de Deus, um dos grandes privilégios dos quais desfrutamos é o de pertencer à família de Deus: Efésios 2:19: “Assim já não sois estrangeiros e peregrinos, mas concidadãos dos santos, e sois da família de Deus”. Essa família é a Igreja de Deus, formada por todos aqueles que, de coração, confessam o nome do Senhor Jesus.  
O FUNDAMENTO DA IGREJA  
A. Cristo, o Filho de Deus, ressurreto, a Rocha (Mt 16,16-18; I Co 15,13,14; I Pe 2,4-8). Jesus Cristo é a vida essencial da Igreja (I Co 12,12,13; cf. 1,13); 
B. Apóstolos e profetas, ou seja, a Bíblia (Ef 2,20), por eles escrita e interpretada; 
C. O Evangelho (Gl 1,8,9), que oferece salvação eterna pela fé em Cristo como Senhor (Ef 2,8; II Co 4,5);  
D. O Espírito Santo, sendo que sem Ele, a Igreja não passa de ser uma organização totalmente humana (Rm 8,9; Jo 3,5,6).  
PROPÓSITO DA IGREJA  
A. Adoração a Deus (Jo 4,23; I Pe 2,4; Ap 1,6, “sacerdotes”, 5,11-14);  
B. Edificação (I Co 14,26, “seja tudo feito para edificação” e mútua exortação Hb 3,13; Cl 3,16); 
C. Evangelização (I Pe 2,9). “A Igreja existe por meio da sua missão como o fogo existe por meio dele queimar”.  
D. Unir tudo no céu e na terra sob a soberana autoridade de Jesus Cristo e de Deus, manifestar sua sabedoria por meio dela aos poderes do universo (Ef 1,10,23; 3,10), destruindo todas as barreiras na Igreja que é seu corpo com sinal do seu plano total (Ef 1,23; 2,1); E. Ser “feitura de Deus” para operar boas obras (Ef 2,10; Mt 5,14-16). 
QUALIDADES ESSENCIAIS DA IGREJA 
A. Fundamentada nas Escrituras Sagradas: 
A distinção que divide uma Igreja Evangélica da Igreja Católica Romana esta justamente na submissão às Escrituras e não à Tradição. A Bíblia é nossa única regra de fé e prática; o manual sempre disponível para indicar o certo e errado, como padrão imutável da vontade de Deus (Jo 5,39; 10,35; 14,23,26; At 17,11; II Tm 3,16);  
B. Unidade e Diversidade: 
1 - A Igreja não pode ser identificada como um indivíduo só, tal como um corpo não pode ser um membro apenas (I Co 12,14). Diversidade é essencial à Igreja (I Co 12,15-30); 
2 - A Igreja é mais do que uma agremiação; é uma realidade espiritual mais do que a soma de suas partes (I Pe 2,9); 
3 - A unidade já existe por causa do único Espírio vital que forma de muitos membros um só corpo, Igreja, mas deve ser mantida na prática (Fp 2,2; 4,2,3; Ef 4,3); 
4 - Unidade é essencial à Igreja. Destruir a unidade da Igreja, declara Paulo, significa “dividir a Cristo” (I Co 1,13); quem destruir (Lit. corromper) o santuário que a Igreja forma, será por Deus destruído (I Co 3,16,17).  
C. Amor: 
1 - A Igreja, sendo família de Deus, é composta de filhos adultos que amam ao Pai e mutuamente se amam (Gl 4,6; I Jo 4,8; 3,16; I Co 13,1-4), deve agir na prática como uma família, com respeito e responsabilidade “uns com os outros” (Tg 2,15,16; I Jo 3,17); 
2 - O amor na Igreja é o sinal inconfundível do relacionamento que a Igreja tem com Cristo (Jo 13,34,35) e a atuação do Espírito na Igreja (Rm 5,5); 
3 - “O vínculo que nos une não é eclesiástico, nem uniformidade na maneira de adorar... mas comunhão no Amado”. 
A NECESSIDADE DA IGREJA 
1 - É necessária para que haja uma organização dos cristãos - Na igreja os cristãos podem servir a Deus e ao próximo de maneira organizada, sem desordem. O relato de Atos 6:1-7 exemplifica muito bem este ponto. 
2 - Oferece a oportunidade de comunhão - A comunhão dos crentes é uma ordem de Deus. Vejamos o que nos diz Hebreus 10:25: “Não deixemos de congregar-nos, como é o costume de alguns”. 
3 - Oferece condições para que o cristão seja doutrinado - Uma boa igreja deve ensinar a seus membros a doutrina bíblica, para que eles possam crescer na vida espiritual e ajudar outros. 
4 - Oferece oportunidade de adorar a Deus em comunidade - A adoração a Deus pode ser individual ou coletiva. O culto em grupo, com cânticos e louvor a Deus, tanto honra ao Senhor como contribui para nosso crescimento espiritual. 
5 - Oferece oportunidade de trabalhar para o Senhor - A igreja constitui um local onde podemos exercitar os dons que Deus nos deu. Ali podemos trabalhar, juntamente com outros, na pregação do evangelho e em outros projetos. I Pedro 4:10: “Servi uns aos outros, cada um conforme o dom que recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus”. 
COMO FAZER PARTE DA IGREJA? 
Atos 8:12-13: “Quando, porém, deram crédito a Filipe, que os evangelizava a respeito do reino de Deus e do nome de Jesus Cristo, iam sendo batizados, assim homens como mulheres. O próprio Simão abraçou a fé; e, tendo sido batizado, acompanhava a Filipe de perto, observando extasiado os sinais e grandes milagres praticados”. Ver também Atos 2:37-38. 
Atos 8:26-40 - Neste texto vemos que Filipe explicou as Escrituras ao eunuco etíope e anunciou-lhe a Jesus. O próprio eunuco teve a iniciativa de pedir para ser batizado e Filipe, então, encorajou-o a fazer uma confissão oral de sua fé. “E disse-lhes: Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo; quem, porém, não crer será condenado” (Marcos 16:15-16).  
A) Os discípulos deveriam ir por todo o mundo e pregar o Evangelho a todas as nações, a fim de levar as pessoas ao arrependimento e ao reconhecimento de Jesus como o Salvador prometido.  
B) Os que aceitavam a Cristo pela fé deveriam ser batizados em nome do Deus Trino, como sinal e selo do fato de que tinham entrado numa nova relação com Deus.  
C) Deveriam ser colocados sob o ministério da Palavra, não meramente como proclamação das boas novas, mas como exposição dos mistérios, privilégios e deveres da nova aliança. 
É claro que não é o batismo e nem o ato da confissão de fé que nos salva. Já vimos que a salvação nos é dada mediante o arrependimento e a fé em Jesus. Entretanto, a Bíblia nos mostra que devemos confessar publicamente a nossa fé e sermos batizados, pois estes atos nos identificam abertamente com a família de Deus, a igreja.

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